segunda-feira, 31 de maio de 2010

Verdades e mentiras - a quem interessa confundir

A desinformação e a baixaria imperam na campanha de alguns integrantes da oposição. Trabalham com a desinformação de boa parte da categoria para espalhar inverdades sobre ações do sindicato e sua atual diretoria. Primeiro, não houve mudanças de estatuto, nem alterações em regras eleitorais de última hora. Há duas eleições aqui no Sindjorce e na maioria de outros sindicatos cearenses e brasileiros, é exigido o prazo de 6 meses de sindicalização para poder fazer parte da chapa e 3 meses para poder votar. Não foi o Sindjorce que inventou, agora, tais regras. Até porque esta é uma prerrogativa da Comissão Eleitoral, que é independente e foi eleita, inclusive, com a participação de alguns associados que agora entraram com um processo contra a mesma.

É de se perguntar porque essas pessoas, que agora se mostram tão interessadas nas questões sindicais, deixaram para última hora para pedir a filiação ao Sindicato e agora vêm, injustamente, cobrar e culpar o Sindicato por uma falha e desinteresse que só podem ser creditados na conta deles mesmos. Para tudo existem regras e elas devem ser cumpridas. Não é no tapetão e com jogo baixo que vão ganhar.

Nada disso é de se surpreender. Resta saber que futuro queremos para a categoria. De um lado, está alguém que defendeu a retirada da cláusula da pré-aposentadoria e um reajuste menor para os trabalhadores, como queriam os patrões; sumiu e adulterou com um abaixo-assinado redigido pela categoria nesta mesma assembleia; e que bate no peito e se declara pelega. De outro lado, está um sindicato de lutas, que fez manifestações e não permite a retirada de direitos. Um sindicato que deu ganho salarial real, acima da inflação, em todas as negociações salariais.

Não aceitamos e não aceitaremos nenhuma medida que se reflita em perdas para a já tão atacada categoria dos jornalistas. Somos e seremos sempre radicais nesta defesa. Não resta outro caminho. E na verdade, quem é o radical da história? Nós ou o jornal O Povo que demite um funcionário ao descobrir que ele faz parte de uma chapa, que demite e transfere lideranças sindicais de dentro das redações por pura retaliação? Quem é radical?

Também é de se perguntar e estranhar, mas nem tanto, por que alguns se mostram tão ávidos em atacar trabalhadores como eles com processos na Justiça. Acreditamos que processos cabem em quem está contra nós e nossos interesses. Por isso, preferimos mil vezes abrir um processo contra nossos verdadeiros algozes a termos de processar um outro trabalhador. E o reflexo desta luta se mostra nos ganhos Nosso último ganho foi no Tribunal Superior do Trabalho (TST) onde foi reconhecido que nas empresas do Sistema Verdes Mares, somos e exercemos a função de jornalista e não radialista. Onde estavam estas pessoas que preferem nos criticar e processar judicialmente? Nossa filosofia é brigar com o patrão, quando necessário. Negociar e conversar, quando possível. Jamais sermos subservientes e querermos confundir a opinião da categoria.

Ora, é justo sermos processados por um erro que foi cometido pelo jornal ao trocar uma data? O que dizer, então, dos inúmeros erros  na inscrição da outra chapa, com falta de documentação, pessoas inadiplentes, não obediência de prazos, por exemplo. Quem está realmente querendo mudar as regras à força para se beneficiar? O  que dizer de não terem participado de toda a discussão das teses em nosso congresso e não terem tomado conhecimento da mudança na Comissão de Ética? Agora, são 5 integrantes com até 5 suplentes, em eleição à parte. Podemos eleger uma comissão totalmente desvinculada da direção do sindicato, o que é um grande avanço. Entram os 5 mais votados. Onde estava esse pessoal? Fazendo confusão ao invés de discutir temas realmente importantes. E o que dizer de terem usado o jornal de maior circulação para fazer uma matéria contrária ao Congresso? A direção da empresa teve participação nisso? Quem autorizou tal publicação? São perguntas que ficam no ar mas que são fáceis de encontrar a resposta.

E não adianta querer transformar o Sindicato e sua diretoria no saco de pancadas preferido, como vem acontecendo sistematicamente. Numa tática de desqualificar tudo o que foi construído ao longo dos últimos anos, esconder as várias vitórias e avanços, várias conversas foram jogadas para a categoria. Mas o inimigo é maior e mais forte e tem seus tentáculos espalhados por vários lugares. E estas pessoas, que nunca se manifestaram a favor de nada da categoria, nunca participaram de uma manifestação, o que querem fazendo lá? Estão a serviço de quem?

Creio, outrossim, que muitos agem por ouvir falar, compraram o peixe pelo preço que venderam, sem se preocupar em confirmar a veracidade da informação ou ouvir o outro lado, tarefa quedeveria ser mais que comum na nossa profissão. São os inocentes úteis, queespalham mentiras como se verdade fossem, por acreditarem no que foi falado.

Para chegar a uma conclusão, não é preciso muito. Basta observar a postura e os ideais defendidos ao longo de todos esses anos. Se pegarmos toda a luta desenvolvida, veremos quantos ganhos obtivemos em meio a todos os ataques que foram feitos. Você, caro jornalista, não caia no canto da sereia. Saiba reconhecer quem está verdadeiramente ao seu lado.